Uma frase do comunicado divulgado pelo Banco Central explica a decisão do Copom de manter inalterada a taxa básica de juros: "O cenário externo tornou-se mais desafiador e apresentou volatilidade".
Ou seja, a pressão sobre as cotações do dólar, que se acentuou nos últimos dias, levou a o Banco Central a pisar no freio.
Até porque, em tudo o mais não houve alteração: inflação muito baixa e atividade econômica esfriando antes mesmo de aquecer.
A alta de juros nos Estados Unidos e com a moeda se valorizando em relação às demais, mudou a direção do vento para o Brasil e países emergentes.
Ficou difícil andar na contramão: reduzir o juro aqui no Brasil enquanto aumenta na principal economia do planeta.
Ao manter a taxa de juros nesta quarta-feira (16), o Banco Central sinaliza que está vendo mais turbulências à frente. Se estivesse contando com alguma estabilidade, talvez optasse por reduzir a taxa de juros.
Outro ponto no comunicado deve ser ressaltado. "A evolução dos riscos, em grande parte associados à normalizada das taxas de juros em algumas economias avançadas, produziu ajustes nos mercados financeiros internacionais".
Ou seja, a situação ficou mais difícil para os emergentes.
Fonte: G1 | João Borges